Espaçonave.

- Eu te amo.
- Mas?
- Mas nada.
Ela insistiu.
- Mas?
- É muito fácil te amar.

- Isso é ruim?
- Acho que é. Agora é.
Pensou.
Pensou.
Pensou.
- Eu não... eu... não entendo.
- Eu também não, mas eu sinto.

Apertou sua mão contra o peito,
sentindo seu coração quase explodindo,
e ao mesmo tempo parando...
parando...
parando...
O fim por ali pairando.

- E se eu fosse difícil de amar?
- Não dá, agora eu já te amo.
- E isso não muda nada?
Idiota.
Idiota!
- Eu quero me aventurar.

- Me amar poderia ser uma aventura.
- É muito fácil.

Mão na mão,
olhos nos olhos,
coração sem coração.
Levantou-se,
tomou coragem,
sentiu muito
muito mesmo,
tentou se conter,
mas precisou ser sincera:

- Vá se foder.

9 comentários:

bruh disse...

PUTA MERDA NISSO. MEU DEUS.

B. disse...

não poderia ter um final melhor, ótemo

aline marangoni disse...

eu ri. hahaha!

Thinggs disse...

adorei o final, foi inevitável não rir OISAOIASOIASOIASOISA'

fel disse...

AUSEASH, gracinha, gabi...

Gabi disse...

sinceridade e palavrão também podem ser poesia, né... assim espero.

Steph disse...

seus textos são ótmos,
seu gosto musical, perfeito

beijos

sheep disse...

ah! que lindo! :)

Rita disse...

FODA.

é tão bom dizer esse: vá se foder.

menina, você escreve.