Não seria o olhar um gesto?

Vendo as horas passar, de vagar.
Esperando um calor, um olhar.

Vendo amor às horas que não vão voltar.
Queria tanto parar com essa necessidade de rimar.

Vendo as ondas devagar... horas, oras.
Pra vender pérolas de além-mar.

Vendo parnasianismo livre, a troco de vagas
No estacionamento do tempo, que não rima,
devaga.